A aeronáutica, e seus diversos ramos de atuação, já são velhos conhecidos da tecnologia da informação e suas exigências pelos diversos setores de regulamentação, como DCA e Anac.
Desde de fábrica de aeronaves até companhias aéreas, do ramo militar ao comercial, a TI tem mantido seus esforços para garantir segurança e comunicação, que são demandas de primeira linha do setor, até a resposta rápida a todos os stakeholders envolvidos no processo, sobretudo em situações de crise e falhas operacionais que afetem o público em geral. “A TI abrange, nos dias atuais, todas as áreas da Aviação.”, diz Daniel Jorge, piloto ha 4 anos. “Fábricas de aeronaves utilizam largamente softwares para produzirem gráficos e simulações de desempenham para decidiram como produzir um novo modelo de aeronave, grandes computadores analisam os resultados obtidos em voos de testes para saber se um avião está realmente pronto para ser vendido. Escolas de formação utilizam simuladores de voo para preparar pilotos para enfrentarem situações normais e de emergência quando em voo real. Empresas aéreas utilizam a TI para controle de malha e escala de voo, os serviços de controle de tráfego aéreo são totalmente informatizados, até os painéis que mostram os voos chegando e partindo de um aeroporto já são exibidos em monitores conectados a uma rede de dados. Hoje, todas as áreas envolvidas em operações aéreas utilizam e dependem da Tecnologia da Informação”.
A velocidade de criação de soluções em TI para o setor aeronáutico é grande, devido a expansão do mercado no Brasil. Por este fenômeno no mercado, o lançamento vertiginoso de produtos e serviços ligados a TI para as empresas aéreas não conseguem emplacar. Nem sempre as empresas estão prontas para se adaptar as inovações propostas pelos fornecedores, sobretudo no que tange seus processos de negócio.
“O que está faltando são maiores investimentos para manter sempre atualizados os aeroportos brasileiros e os auxílios a Navegação Aérea, temos excelentes recursos e estamos dentro dos padrões exigidos por órgãos internacionais, porém as atualizações do mercado são muito mais rápidas do que geralmente se acompanha”, diz o piloto.
Segundo Daniel, ainda existe a necessidade de um serviço que visa à melhoria de comunicação entre o piloto e o setor de operações, o qual aprimoraria muito o fluxo de informações dentro da empresa, reduzindo o tempo total para execução de tarefas que dependem da leitura do diário de bordo da aeronave. Utilizar um diário de bordo digital conectado diretamente ao banco de dados da empresa deixaria o setor de operações aéreas sempre conscientes da situação de sua frota e de seus voos. “Em caso de eventuais panes, por exemplo, que o piloto relatasse no seu diário de bordo digital, o hangar de manutenção já saberia qual o problema que retirou aquela aeronave da malha e providenciaria a ação inicial antes mesmo da mesma ser rebocada para o hangar.”, diz.
Com foco nas necessidades especificadas pelo usuário, percebe-se que a tecnologia da informação ainda tem muito a que desenvolver para a aeronáutica no Brasil. Se a TI focar-se na comunicação e atualização rápida das informações de operação, com toda certeza, veremos uma melhoria drástica nos processos de negócio aeronáuticos, um ramo que cresce de maneira promissora no mercado brasileiro.
Por Jéssica Pleffken